11/03/07

o relógio-da-borracha-que-apaga

o tempo da borracha
foge saltita, ele foge, que apaga
dedo a dedo, não te mexas, ele foge não procures
não te cales, escolhe a parede, não escutes
espalma a mão, alinha a palma, que eu não
pinta, a cor de novo que o tempo não encontro,
pinta e esconde a parede que a borracha apaga,
que de novo, não encontra
mais uns minutos, e é um novo tempo,
que hoje desenhou.

é uma métrica fonética que desenha o que se ouve
é uma métrica que o desenho apaga o que nunca houve.

o poço seca, as moedas morrem, a gruta escurece
saltita, medo a medo, não te mexas, espera que a noite venha
a linha cose-te, a linha estanca-te, espera que a borracha chegue
num-caminhar-que-não-para-no-relógio-da-borracha
num-excerto-que-descansa-te-que-aninha-se-entrelinha-se
que se num excerto que ainda a linha encara
que se alinha a mão, que se espalma a linha
que apaga de novo,
que se mexe o ponterio, apaga que ele foge
hoje, hoje,

acorda...

(a partir de thom yorke)

3 comentários:

patricia disse...

acordei, hoje

and you know what I saw, right? ;)

Even without the true blue that you were so afraid of, you made it! I'm not blue and that's what matters...

sweet kisses for a very really truly sweet boy***

un dress disse...

ol´´áaaaa!!!

des.co.bri-te :)

o relógio...sempre a seu favor...o cretino...


(nada que ultrapasse um poeta!!)

bEijO

joel faria disse...

seja.S bem.vInda =)

bEIJO