e as pessoas e as gentes,
entre as histórias e a história, e as histórias,
ó Deus, entra esta sensação e é tão estranha.
entra entre mim mesmo ou eu estou errado.
e quem me dera que o estivesse, que não houvesse.
vá, escreve de volta as que nunca abriste para ler.
escreve-me de volta, até que o beija-flor apareça.
até que o sonho recorra, e o desamparo com ele.
"-tiveste um sonho horroroso a noite passada... fiquei mesmo assustada.
-desculpa.
-dizias que estavas a cair... lembras-te?"
e as gentes bizarramente alegram-se,
pessoas normais, povo de gente, a aplaudir.
vira tudo do avesso de um momento para o outro,
vira tudo na terra da fartura (será?)
"-foi uma dávida.
-dávida? não tenho a certeza acerca disso.
-tenho eu."
e há quem traga a identidade ao vento
de nariz emproado, de fronte calada,
só a tentar ouvir o que o vento dirá.
(fecho a minha voz e oro.)
"-pareces desapontado.
-imaginava-o diferente.
-diferente como?
-algo mais que isto, não sei, não apenas um local em obras.
-vamos calar-nos, e tentar só ouvir..."
(a partir de "land of plenty" - wim wenders | leonard cohen)
14/05/10
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