- olá joel, como estás?
- estou bem arranho, e tu?
- parado, um pouco parado, mas ainda aqui...
02/01/13
14/05/10
entre o ódio e o amor...
e as pessoas e as gentes,
entre as histórias e a história, e as histórias,
ó Deus, entra esta sensação e é tão estranha.
entra entre mim mesmo ou eu estou errado.
e quem me dera que o estivesse, que não houvesse.
vá, escreve de volta as que nunca abriste para ler.
escreve-me de volta, até que o beija-flor apareça.
até que o sonho recorra, e o desamparo com ele.
"-tiveste um sonho horroroso a noite passada... fiquei mesmo assustada.
-desculpa.
-dizias que estavas a cair... lembras-te?"
e as gentes bizarramente alegram-se,
pessoas normais, povo de gente, a aplaudir.
vira tudo do avesso de um momento para o outro,
vira tudo na terra da fartura (será?)
"-foi uma dávida.
-dávida? não tenho a certeza acerca disso.
-tenho eu."
e há quem traga a identidade ao vento
de nariz emproado, de fronte calada,
só a tentar ouvir o que o vento dirá.
(fecho a minha voz e oro.)
"-pareces desapontado.
-imaginava-o diferente.
-diferente como?
-algo mais que isto, não sei, não apenas um local em obras.
-vamos calar-nos, e tentar só ouvir..."
(a partir de "land of plenty" - wim wenders | leonard cohen)
entre as histórias e a história, e as histórias,
ó Deus, entra esta sensação e é tão estranha.
entra entre mim mesmo ou eu estou errado.
e quem me dera que o estivesse, que não houvesse.
vá, escreve de volta as que nunca abriste para ler.
escreve-me de volta, até que o beija-flor apareça.
até que o sonho recorra, e o desamparo com ele.
"-tiveste um sonho horroroso a noite passada... fiquei mesmo assustada.
-desculpa.
-dizias que estavas a cair... lembras-te?"
e as gentes bizarramente alegram-se,
pessoas normais, povo de gente, a aplaudir.
vira tudo do avesso de um momento para o outro,
vira tudo na terra da fartura (será?)
"-foi uma dávida.
-dávida? não tenho a certeza acerca disso.
-tenho eu."
e há quem traga a identidade ao vento
de nariz emproado, de fronte calada,
só a tentar ouvir o que o vento dirá.
(fecho a minha voz e oro.)
"-pareces desapontado.
-imaginava-o diferente.
-diferente como?
-algo mais que isto, não sei, não apenas um local em obras.
-vamos calar-nos, e tentar só ouvir..."
(a partir de "land of plenty" - wim wenders | leonard cohen)
18/04/10
o poderoso rei de nenhures
parti o meu coração, e atirei-o para longe
as minhas forças, usei-as contra mim
os meus dons, ignorei-os apenas
fechei-me em mim, de mãos, de punhos, assim.
e todas as gotas de humidade sequei-as,
ou deixei que o vento e o calor as levasse.
fechei-me assim, com a minha coroa, o meu ar
sem ao ar deixar os cacos, fosse alguém e os tomasse.
e agora batam-me, atinjam-me, escalpem-me,
deixem-me duas caras no arrasto, ambas de dor
deixem-me este reino imenso só meu,
de cacos, terra preta, o que for.
16/03/10
é essa a força.
- foi essa a força que usaste. Foi esse o punho que me empenhaste. Foi esse foi, e eu quebrei-o. E não te adiantou pintar as paredes de verde, que não me assustaste. Fraco. Usaste o meu próprio punho para me atingir, e sabes porquê? Porque, tu meu verme, nem um tens. Grande monstro, que nem um punho tem, nem um corpo, nem nada. E é assim que me encaras, escondido, cobarde. E eu rasguei-te, não foi preciso muito.
- ainda tenho um braço joana, ainda te tenho a ti, não me foges. Não penses que me expulsas, que me venceste. Eu sou mais tu do que tu pensas. Estou cá dentro, e tu para me expulsares... bem, tinhas que escavar bem fundo, e eu sei que não estás disposta a isso. Atreve-te.
- Digo-te eu, que esta luz que me escapa, só essa luz apenas, basta para me atrever. E não é preciso que arranque qualquer epiderme, que tu cais como pele morta, e és alimento de ácaros num instante. Não és monstro nenhum pois não? Diz-me lá, por que linhas te coses? A não ser por aquelas de que me rasgo, não és nada. Estás aqui por eu deixei, até me dá piada sabes? Esta luta que te dás a ti próprio, esta sombra que achas que tenho, que achas que é luz para ti. Pois bem, não é. Ahah, não és meu caro, não és nada em mim.
Eu. é brilhante o meu dedo. Quase que o beijo, já me pareceu bem mais distante, tal quais memórias diluídas entre sinapses. Agora, vejo-te directamente. És tu, dedo meu, és tu a minha luz. É com estas linhas com que me coso, com que me contruo. E vamos todos, até levo o monstro connosco, e escondemo-nos dentro de uma caixa com bolas dançantes. e tu danças monstro? até te deixo vir.
Isto sou eu meu monstro, rasgo-me pelas fibras, coso-me por onde me apetecer. Atrevo-me sim. E tu, aguentas?
12/05/09
a parede é verde, e eu estou aqui ainda
"As paredes estão verdes, já viste? E tu és fogo, que eu sei que eu vi. Já nem sei que é o monstro, já nem sei como não te consigo tirar o sorriso. De certeza que tu és fogo, mesmo num só braço."
- Ah ah ah, já não me vences seu monstro. E mando-te o sorriso para te mostrar isso mesmo. Já não me quebras, eu venço, eu venci... e as ondas, onde ficaram? Diz-me seu porco. Digo-te eu... encheram o peito rebentaram desfizeram-se e voltaram para trás... É assim que me pões np chão?
- A parede é verde meu caro, e até a minha sombra esta lá, já não me dizes nada, tu, a mim...
- Agora vou que o dia é para vencer
25/04/09
eu sou um monstrinho
Na verdade, eu não existo. Sou um animal animado, sem pés nem cabeça nem tronco nem peças juntas nem parafusos no sítio. Sou o caos joana, a precaridade. E não lutes contra o caos, porque ele continua, ora dança para um lado ora para outro, ora vem pela esquerda ora pela direita. Eu sou assim, e digo-te, muito falta para que saibas dançar comigo. Sou as ondas de marés vivas, que te apanho uma vez após outra, um dia a seguir ao outro joana, uma semana após outra, até que percas o norte, o rumo, até que fiques tonta, zonza, e te rendas a mim, estendida no chão, aos remoinhos. Não adianta lutares, eu sou um monstrinho dentro de ti, e não vais conseguir fazer nada. Eu sou o caos, e não quero ir para casa.
18/02/09
frag-men-tada
até gosto desse teu cabelo, indigo, como te disse... ou sou eu que o vejo assim? não interessa agora também. Assim é que és bonita, como eu te vejo. "do you think i'm yours?" Como é que ele pode falar assim joana? caralho, ele há-de morrer, e não conseguir esquecer o que fez. Eu quero-o ver no chão, a chorar, a implorar paz...
Acorda joana. Tens que te deixar dessas coisas. Levanta-te, que é dia de trabalho. Esperam-te as letras, o café da máquina, as pausas do cigarro, deixa esses pensamentos como o fumo que se esfuma da beata. Espera-te o dia, o brilho dos olhos, dos teus acima dos outros. São os teus que têm que brilhar mais, muito mais que os outros. E a merda do dia, do stress do trabalho, da paranóia do patrão, é isso que te espera joana. E tu vais, com sorriso nas bentas, nariz empoleirado de fronha ao ar. É teu o dia joana. Joana...
foi assim que ele te deixou, fragmentada, crua. E quando é que volta? Havias de pintar as paredes de verde maça. É a cor oposta do vermelho sabias? Havias de te vingar, eu ajudo-te, já tenho um plano joana. Um plano vermelho, encarnado, bem quente e doce Joana. PÁRAAAA!!! Quem és tu joana? Como é que acabaste a falar contigo própria? Vai ver um médico joana, isto não pode ser normal. Não existe cabelo indigo, não existe joana, é tudo raíz da tua loucura joana. Vai, já. A parede já é verde... de caminho é tarde, que ele volta.
sinto falta daquele sol...
11/02/09
Está sol joana, está sooooooooooooooooool
mas continua um frio do caraças... mas está soooooooooooooool
mete-te na camioneta, faz uma daquelas viagens às raízes, às origens, vai beber dessa água do caule... apanhar o sorriso rural do bom dia a toda a gente, até às silvas que guardam os montes, as beiras das estradas... quero beber desse ar joana, faz-me lá esse favor, canta lá um fogo ou água joana...
porque está sol joana, quero lá saber. Vou sair a tirar fotos, vou sorrir para este sol... ahahah, está sol!!!
06/01/09
deixa-me quebrar em quatro
palavras...
letras...
aiiii...
já não aguento...
deixa quebrar-me em quatro, assim consigo. Deixa eu ser uma sílaba, um pedaço do pedaço... deixa de me coser de novo deixa-me estar de velho, que eu vou lá. Eu vou lá
letras...
aiiii...
já não aguento...
deixa quebrar-me em quatro, assim consigo. Deixa eu ser uma sílaba, um pedaço do pedaço... deixa de me coser de novo deixa-me estar de velho, que eu vou lá. Eu vou lá
31/12/08
é sexta-feira
01: resoluções do novo ano, deixa ver... vou-me embora, chegar ao tribunal do trabalho, e meter o sacana em apuros, quero la saber. As palavrinhas doces deixaram de ter efeito, ele que vá fazer promessas para o raio que o parta... menina joana, existem regras nesta empresa, a apresentação tem que ser muito cuidada, o cliente é da mais alta importância, temos que ganhar o cliente... ele vai levar no pelo. joana, dá-lhe co porta-chaves, ele tem cabeça de vento, dá-lhe nas trombas...
02: e se me pagasses a tempo e horas meu sacana? não é da mais alta importância? ainda bem que hoje é sexta... valha-me os horizontes, que esta viagem é longa... estou cansada... vai dormir joana.
03: uma massagem, era o que precisava... este pescoço mata-me. Se ao menos fosse diferente... o que me safa são as viagens, mesmo longas... ao menos espaireço, e não penso naquele inferno...
04: joana pinta o cabelo de indigo.
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